Após três quedas, dólar sobe 1,59% e volta a fechar acima de R$ 2,00

A divisa norte-americana encerrou a sessão em forte alta de 1,59%, aos R$ 2,0189 na venda.

Fonte: InfoMoney

Após abrir a sessão desta terça-feira (3) em queda, o dólar comercial inverteu o sinal no final da manhã e fechou no positivo, quebrando a sequência de três sessões de queda. A divisa norte-americana encerrou a sessão em forte alta de 1,59%, aos R$ 2,0189 na venda. 

O mercado mudou a tendência após as declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, que afirmou em entrevista que a autoridade monetária pode atuar na compra de dólares, o que levou a um aumento das cotações. De acordo com Mendes, a retomada dos leilões de compra de dólar é uma possibilidade que está sempre em aberto, afirmando ainda que um dólar abaixo de R$ 2,00 não é positivo para a indústria.

Referências internacionais
Nos EUA, o mercado recebeu positivamente o Factory Orders referente ao mês de maio, mostrando o volume de pedidos da indústria. O indicador econômico apontou que o volume de encomendas à indústria do país subiu 0,7% em maio, frente a alta esperada de 0,4%. Vale ressaltar que a sessão norte-americana foi mais curta, fechando  nesta terça-feira às 14h, por conta da véspera do feriado de 4 de julho no país.

Já na China, a atividade do setor de serviços cresceu em junho a um ritmo mais rápido em três meses, de acordo com o PMI (Purchasing Manager's Index) medido pela CFLP (Federação de Logísticas e Compra da China). O indicador subiu para 56,7 em junho, de 55,2 em maio.

Único indicador da Zona do Euro, o PPI (Índice de Preços ao Produtor) da região ficou em 2,3% em maio em uma base anual, contra 2,6% do mês passado. Os dados da Eurostat mostram que esta é a menor taxa registrada desde março de 2010.

Agenda doméstica
Na agenda doméstica, a produção industrial brasileira registrou queda de 4,3% na comparação entre maio de 2011 e de 2012, consolidando o nono resultado negativo consecutivo, além de ter sido seu pior desempenho desde setembro de 2009, quando ela recuou 7,6% na mesma base comparativa, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Ainda na agenda doméstica, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de São Paulo fechou o mês de junho com variação de 0,23%, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Já a Sondagem do Comércio, medida pela FGV (Fundação Getulio Vargas), passou de 131,2 para 126,4 pontos entre o primeiro trimestre de 2011 e de 2012, mostrando queda de 3,7%.

Dólar comercial, futuro e Ptax
O dólar comercial fechou cotado a R$ 2,0184 na compra e R$ 2,0189 na venda, com alta de 1,59% em relação ao fechamento anterior. Com essa alta, a valorização acumulada no ano da moeda norte-americana chega a 8,05%. 

Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em agosto segue cotado a R$ 2,026 com alta de 1,43% em relação ao fechamento de R$ 1,9975 da última segunda-feira. O contrato com vencimento em setembro, por sua vez, opera em queda de 1,04%, atingindo R$ 2,031 frente à R$ 2,010 do fechamento anterior. 

Já o dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&FBovespa, fechou a R$ 1,9888, com leve queda de 0,03% sobre a cotação de anterior.

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